Lettering e caligrafia: duas técnicas artísticas que se relacionam diretamente com a estilização da escrita das letras do nosso alfabeto. Mas será que esses dois métodos são a mesma coisa ou possuem características distintas e únicas?
No texto de hoje, você vai tirar todas as suas dúvidas sobre os dois recursos e descobrir as principais diferenças entre o lettering e a caligrafia. Continue a leitura e fique ainda mais bem informado!
O que é o lettering?
Vamos direto ao ponto? O lettering é uma técnica artística que consiste basicamente no ato de desenhar as letras do alfabeto. O que se deseja obter com esse desenho é uma personalização do formato e da estilização das letras, que vai depender da mensagem que aquele projeto visual quer passar.
O lettering surgiu para auxiliar na criação de logotipos na área do design, mas a sua funcionalidade não se restringe a essa única utilização. Qualquer pessoa que deseja dar mais personalidade ao seu trabalho gráfico pode brincar com a liberdade que o lettering oferece na construção de uma escrita sem modelo prévio.
O que é a caligrafia?
A palavra “caligrafia” vem do grego (kalli + graphía) e significa “escrita bela”. Essa técnica de escrita é sempre feita à mão e depende diretamente da habilidade daquele que a pratica. Ou seja, para executar a caligrafia você precisa de treino e dedicação!
Na caligrafia, a escrita parte de modelos caligráficos já existentes, o que a torna menos personalizável e mais padronizada. Nesse sentido, dizemos que, na caligrafia, existe apenas um processo de replicação.
Além disso, as letras precisam ser feitas com apenas um traço e ela não aceita correções (então se você errar, precisa começar tudo de novo!). Ela costuma ser utilizada para compor cartas, convites, documentos, logotipos, mapas, anúncios e na arte sacra.
Se interessou? Então vamos saber mais sobre a caligrafia!
Quando surgiu a caligrafia?
A história da caligrafia vem de muito tempo, ainda durante o período da Antiguidade. Usando o papiro como base e penas de aves ou cálamos como instrumentos, etruscos e romanos praticavam a escrita não apenas como uma forma de comunicação, mas de demonstrar beleza e harmonia.
Com o surgimento das fábricas de papel, já no período Moderno, a caligrafia ganhou força e passou, inclusive, a ser uma disciplina das grades curriculares nas escolas. Foi muito utilizada por publicitários e designers até metade do século passado, quando novas formas de enfatizar a escrita acabaram surgindo (como o lettering!).
Quais os materiais básicos para a caligrafia?
Como a caligrafia possui algumas particularidades na sua elaboração, há materiais que não podem faltar na hora de praticá-la! Veja abaixo uma lista com as principais ferramentas clássicas que você precisa ter à mão para iniciar nessa atividade.
Papel
É o básico que não pode faltar. A gramatura do papel vai depender do objetivo que você tem com o seu projeto. Para algo profissional, dê preferência para papéis acima de 140g. Com isso, você garante uma maior aderência da tinta, mas sem chance de manchas ou rasuras.
Para rascunhos de treinamento ou trabalhos caseiros, qualquer papel serve. Uma folha sulfite, bloco de notas ou papel kraft. Veja o que você tem à mão e se divirta!
Canetas
O mercado está cada vez mais antenado com produtos específicos para quem quer praticar a caligrafia. E não é diferente quando se trata de canetas! As preferidas são as de ponta fina e as canetas pincel, e cada uma delas tem características próprias.
As canetas de ponta fina são ótimas para escrever letras de forma e adicionar detalhes pontuais. Já as canetas com ponta pincel adicionam charme e requinte, mas requerem um pouco mais de prática para que seu uso seja simétrico e fluido.
Pincéis
Olha que legal! A caligrafia permite que você use pincéis para treinar sua escrita. Gostou da ideia? Então saiba que exige um pouco mais de trabalho e paciência. Para praticar, prefira aqueles de cabo reto, com a ponta macia e redonda.
Tintas
Um item indispensável para quem decide caligrafar com pincel é a tinta. A opção mais clássica é o nanquim: densa e muito pigmentada, essa tinta tem um efeito lindo, mas borra com muita facilidade e é sujeira garantida (sobretudo se você for um iniciante).
A tinta aquarela também é uma boa opção. Mas não esqueça: qualquer tinta à base d’água exige um papel de gramatura mais alta, acima de 200 g, para evitar rasuras na folha.
Quais as diferenças entre lettering e caligrafia?
Agora que você já aprendeu mais sobre o lettering e a caligrafia, fica fácil identificar as diferenças entre essas duas técnicas!
A característica mais básica é que enquanto o lettering diz respeito ao desenho das letras, a caligrafia está mais interessada na escrita.
Na caligrafia, há um uso de materiais específicos para se obter o resultado desejado: canetas finas e grossas, penas e pincéis figuram entre os principais. No lettering – preocupado com o desenho das letras – há uma maior liberdade na escolha dos instrumentos.
Enquanto na caligrafia há um padrão ou design a ser seguido, no lettering é possível brincar à vontade e deixar a imaginação fluir. Bordas, sombras, volume e contorno são importantes para dar personalidade às criações deste último método.
E aí, ficou mais clara a diferença entre cada técnica? Esperamos que sim!
Onde treinar e aplicar a caligrafia e o lettering?
Para praticar tanto a caligrafia quanto o lettering, você pode contar com diversas superfícies, as quais são facilmente encontradas em papelarias e casas de material escolar.
Os cadernos e os blocos de notas são as opções mais viáveis, tanto no preço quanto na praticidade. De diversos tamanhos e papéis, servem muito bem como rascunho na busca da caligrafia ou do lettering perfeito! Já os planners, as agendas e os bullet journal adicionam um pouco mais de diversão e sofisticação na escrita.
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